12 de abril de 2011

Todos somos capazes

TODOS CONTRA O RACISMO 
Evento une iguaçuanos na luta contra o preconceito nesta segunda no Espaço Cultural Sylvio Monteiro.



Texto por Michele Ribeiro e Lohane Pignatara
Também publicado em CulturaNI


No dia 11 de abril de 2011, o Espaço Cultural Sylvio Monteiro abriu as portas do seu teatro para o lançamento da campanha Por uma infância sem racismo, articulada em Nova Iguaçu pela SEPPIR em conjunto com a SEMCTUR, SEMED, SEMASPV e Secretaria do Trabalho, com apoio do UNICEF. Todos esses órgãos e instituições mandaram representantes para o evento. A solenidade foi aberta com a exposição “Olhares Iguaçuanos”, uma mostra fotográfica coordenada pela Ana Paula Cerqueira que abrangeu as escolas da rede municipal de Nova Iguaçu.

Embora esteja sendo liderada pelo movimento negro, o preconceito racial atinge, além dos afro-descendentes, os judeus, os ciganos e as demais vitimas da intolerância e ignorância das pessoas que julgam as outras pela cor, e não pelas qualidades.

A COPPIR, a Coordenadoria de Política de Promoção da Igualdade Racial de Nova Iguaçu, é um órgão criado em 2005 com a missão de consolidar políticas públicas que promovam a igualdade racial e o fortalecimento da cultura da cidade de Nova Iguaçu.


Representando a Cobra, Luis Eduardo afirmou que a campanha é de total importância para a inclusão social de cidadãos vitimas do preconceito e falta de oportunidade. “Já fui vitima do racismo em uma empresa na qual trabalhava, nunca esperavam que um negro fosse um palestrante de uma reunião tão importante de bancários, mas eu mostrei que todos somos capazes, independentemente da cor", afirmou.

Uma das manifestações do preconceito racial, que a bacharel em direito Lhuba Stanescon Batuli conhece com a própria pela, é a intolerância religiosa. “O preconceito não existe apenas com afro-descendentes, mas também com judeus, mulçumanos e outros povos", afirmou ela, que, embora sendo cigana, não defende a política de cotas para seu povo. "O ser humano deve aprender a se colocar no lugar do outro, facilitando assim o convívio entre as pessoas." Para Batushi, que é conselheira da SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), o preconceito só será extinto através conscientização e educação das nossas crianças. A SEPPIR realiza projetos de educação e saúde itineranten para levar a ação social à todas as comunidades. "Temos que refletir sobre o que podemos fazer para construir uma sociedade mais justa e sem preconceitos", afirmou.

O Evento foi fechado com chave de ouro com o grupo Batucadas B.F., do espaço cultural Casa de Anyê.

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